9º) A Água e o Solo – Sensor de Umidade Copy

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EF09CI13 – Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade. 

 

Competências da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) Utilizadas 

 

 

Esse plano de aula tem como objetivo levar o aluno a refletir sobre os desastres e problemas ambientais que atingem sua região e ao fim refletir sobre maneiras de lidar com isso. 

 

Esta aula compõe os pilares de Letramento Tecnológico e Letramento Científico da metodologia Flylab da Barco Voador. 

Conversa sobre o tema 

Tempo sugerido: 25 minutos 

Materiais necessários: cadeiras 

Orientações: 

Comece a aula lembrando do rompimento da barragem que ocorreu em 2019 na cidade de Brumadinho, MG. O acidente aconteceu em 25 de janeiro de 2019, esse foi um dos maiores desastres ambientais e de mineração do país, após o desastre de Marianinha em 2015. Na cidade de Brumadinho havia uma barragem de rejeitos de mineração chamada Barragem da Mina do Córrego do Feijão, ela era responsável por acumular os rejeitos da mineração de ferro do local. 

Essas barragens têm como objetivo coletar os dejetos e subprodutos da mineração, acumulando então um tipo de barro contaminado com diversos produtos e metais pesados e danosos para a saúde. Existem diversos tipos de barragens como alteamento a montante, que foi a utilizada em Brumadinho e consiste em construir diversos “degraus” de acordo com a necessidade em cima dos próprios rejeitos sendo a menos segura, existe também a barragem de alteamento a jusante que consiste em construir como se fosse uma “pirâmide” a frente sempre para fora e sendo assim mais segura. Uma outra alternativa seria um meio termo das duas chamada barragem de linha de centro, onde do lado dos rejeitos teria uma “parede” com a barragem de sustentação a frente formando uma “meia pirâmide”. 

A consequência desse rompimento foi a contaminação não só do local onde foi rompido mas também de grande parte do Rio São Francisco, um dos maiores e mais importantes do Brasil. Essa contaminação fez com que mesmo anos após o desastre as águas e o solo atingidos ainda estão em grande parte impróprios para o consumo. Com o solo e água contaminados atividades como pesca e agricultura familiar ficaram desfalcadas, atingindo um número enorme de famílias e gerando danos notáveis até hoje. 

Uma possível solução seria o beneficiamento a seco, que de maneira resumida consiste em retirar grande parte da umidade do material antes de ser rejeitado, e que dessa forma não gera a lama para ser armazenadas nessas barragens tradicionais. Esse é um processo mais caro porém menos danoso ao meio ambiente. 

Utilize os slides para explicar o conteúdo. 

Problemas locais 

Tempo sugerido: 35 minutos 

 

Orientações: 

 

(Mostrar outros desastres e outras soluções) 

Esse tipo de problema não sonda apenas as barragens, quando se tem uma pecuária extensiva ou uma monocultura também prejudicam o solo e o bioma local. Podemos ir até além dessa produção em larga escala, a falta de um tratamento de esgoto adequado ou geração de energia também podem causar danos ao ambiente que vivemos. 

Proponha então alguma alternativa sustentável em oposição a um agressor do meio ambiente local da sua região (agrotóxicos, produção de energia, plantação extensiva, pecuária extensiva, etc) de acordo com o modelo presente no Material do Aluno. 

 

Sensor de umidade 

 

Tempo sugerido: 50 minutos 

 

Orientações: 

 

  • Prepare os materiais à serem utilizados com antecedência; 

  • Os alunos devem se separar em grupos; 

  • Os grupos devem montar um sensor de umidade utilizando do kit do Micro:bit. 

  • Antes de iniciar peça para os alunos preencherem as considerações iniciais da atividade presente no Material do Aluno e use essa folha para as anotações necessárias. 

 

Materiais Usados: 

 

 

 

 

1 Micro:Bit – 2 Fios Jacaré – 2 Pregos – 2 Garrafas Pet – Tesoura – Computador 

 

 

*A quantidade de materiais utilizados deve ser multiplicada pelo total de grupos da turma. 

 

Passo a Passo: 

 

  • 1º Passo: 

Conecte o Micro:bit no computador e baixe o programa da seguinte forma: 

 

 

  1. Baixe o arquivo no drive: Drive. 

  1. Entre no site: Micro:bit. 

  1. Importe o arquivo. 

 

 

 

 

 

 

  1. Conecte o dispositivo. 

 

 

  1. Baixe o programa para a placa. 

 

 

  • 2º Passo: 

Corte a base de 2 garrafas e separe as tampas: 

 

  • 3º Passo: 

Colete terra de 2 locais diferentes e de preferência que sejam de diferentes tipos de solo (Ex: argiloso, humoso, arenoso, etc). 

 

  • 4º Passo: 

Conecte os pregos em uma das extremidades do fio Jacaré, e na outra extremidade na porta 0 e 3V. 

 

  • 5º Passo: 

Faça medidas da umidade nos dois potes, mantenha os pregos na mesma distância (aproximadamente 3 dedos). Para fazer as medidas por padrão o Micro:bit vai mostrar um gráfico, apertando qualquer um dos botões ele vai alternar e mostrar o valor relativo da umidade entre 0 e 1024, sendo 0 completamente seco e 1024 completamente úmido. Anote os resultados. 

 

  • 6º Passo: 

Umedeça a terra com uma pequena quantidade de água, nesse caso foram utilizadas 3 tampinhas para cada pote. Adicione a mesma quantidade nos 2 potes e mexa bastante a terra para que a terra fique uniformemente umedecida. Em seguida refaça as medições e anote os resultados. 

 

 

  • 7º Passo: 

Agora compare os dados iniciais e finais das duas amostras e responda às perguntas presentes no Material do Aluno. 

Tempo sugerido: 5 minutos 

 

Orientações: 

 

Conclua a aula falando sobre como o solo pode ser impactado de diversas formas devido à sua contaminação, e que é extremamente difícil de lidar e recuperar um ambiente danificado pois é necessária uma análise minuciosa de cada impacto e o tratamento é único para reequilibrar o bioma local 

 

Os alunos serão capazes de: 

  • Conhecer mais sobre os problemas ambientais da região; 
  • Utilizar o Micro:bit. 
  • Desenvolver hipóteses para lidar com um problema. 

Referências Bibliográficas:

PIMENTEL, THAIS. 2 anos após tragédia da Vale, quatro cidades do entorno de Brumadinho ainda sofrem com impactos. G1, Belo Horizonte, 25 jan. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/01/25/2-anos-apos-tragedia-da-vale-quatro-cidades-do-entorno-de-brumadinho-ainda-sofrem-com-impactos.ghtml. Acesso em: 27 out. 2022. 

 
AEDAS (Minas Gerais). Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social. In: Estudos revelam condições da água, solo, ar, poeira e potenciais riscos à saúde humana em Brumadinho. Belo Horizonte, 14 jun. 2022. Disponível em: https://aedasmg.org/analises-sam-brumadinho/. Acesso em: 27 out. 2022. 

 

POLIGNANOI, Marcus Vinicius; LEMOS, Rodrigo Silva. Rompimento da barragem da Vale em Brumadinho: impactos socioambientais na Bacia do Rio Paraopeba. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 72, ed. 2, 1 jun. 2020. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252020000200011. Acesso em: 27 out. 2022. 

 

SANTOS, John; LABORATÓRIO DE GEOTECNIA E PAVIMENTAÇÃO (SANTA CATARINA). DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO. UDESC – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, [S. l.]. 

Disponível em: https://www.udesc.br/arquivos/cct/id_cpmenu/1036/Apostila_Umidade_dos_solos_15816259409124_1036.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 

 

GEOSCAN. Barragem de Rejeito: O que são e como evitar rompimentos. Geoscan, [S. l.], 9 out. 2020. Disponível em: https://www.geoscan.com.br/blog/barragem-de-rejeito/. Acesso em: 30 nov. 2022. 

 

junho 7, 2024